Mobilidade Urbana

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O futuro é elétrico, compartilhado e está próximo

 

 Pelo menos 10 montadoras já anunciaram o fim da produção de carros que utilizam combustíveis fósseis. Segundo estudo realizado pela a BloombergNEF (New Energy Finance) para o Transport & Environment (T&E), os automóveis elétricos serão mais baratos que os movidos à combustão já em 2027.

 

No Brasil esta mudança deve ocorrer alguns anos depois. Isto porque a tributação sobre os automóveis movidos à bateria acaba por encarecer a produção do bem.

 

Hoje, sobre os veículos elétricos movidos a bateria e células de combustível de hidrogênio já não incide o Imposto de Importação (II) e a alíquota de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) varia de 7% a 20%.

 

O Projeto de Lei 5308/20 (apensado ao PL-4086/2012), que tramita na Câmara dos Deputados, prevê, além da isenção do IPI sobre veículos elétricos ou híbridos, alíquota zero do PIS/Pasep e da Cofins incidentes na importação e sobre a receita bruta de venda no mercado interno dos referidos produtos.

 

O preço da bateria é outro fator que contribui para o valor pouco competitivo dos carros elétricos. Embora tenha havido uma queda de 87% em seu preço na última década, ele ainda representa cerca de 30% do custo total do veículo.

 

A boa notícia é que recentemente foram descobertas grandes reservas de lítio (principal matéria-prima das baterias) no CE, em GO e MG, o que pode transformar o país em um dos maiores produtores mundiais do mineral. A primeira planta para produção de lítio de alta pureza no Brasil já está sendo construída no Vale do Jequitinhonha. As obras devem terminar em 2022 e a expectativa é que sejam produzidas inicialmente 220 mil toneladas de concentrado de lítio por ano, produção esta que deve dobrar até 2023, o que vem bem a calhar, já que segundo relatório divulgado em maio deste ano pela Agência Internacional de Energia (AIE), até 2040 a demanda de lítio pode crescer 40 vezes.

 

Já a primeira fábrica de carros elétricos da América Latina terá sede em Nova Lima/MG. O início das obras está previsto para o 4º trimestre deste ano. Os veículos – que devem começar a ser produzidos em 2023 -, dentre eles, ônibus, vans e carros de pequeno porte, terão como foco o transporte compartilhado.

 

O compartilhamento de carro embora seja embrionário no Brasil, é o mais popular modelo de transporte na Europa e pode ser feito entre empresas e consumidores, ou de pessoa física para pessoa física. Menos carros nas ruas, o que garante maior fluidez no trânsito, menos emissões de poluentes e uma democratização de acesso aos veículos, ou seja, é bom para todo mundo!

Esta que vos fala já pratica o compartilhamento em alguma medida, oferecendo caronas para pessoas que estão na mesma rota por meio de app.

Vamos juntos?

 

Por Daniela Braga Paiva Pacheco
daniela@fbcadvogados.com